quarta-feira, novembro 30, 2005

Onde estais ilustres "maprilistas"?

Hoje deu-me para "pro-vocare": não faço a minima das ideias se vou, ou não, ter sucesso!

Onde estais talentosos maprilistas que nos vos tenho "visto", lido, para ser mais preciso e rigoroso.

Há tanta gente a dizer e a escrever disparates e insanidades, que sinto, sinceramente vo digo, falta do talento, da argúcia e da oportunidade dos post's, da pros a e dos verso de A.M., R.F., Pedro Castelhano., A.C., Alcino Pedrosa.

Os únicos, solitários que, de quando em vez, dedilhámos este piano quase novo que dá pelo nome de sr-mapril, este que se assina e o Helénico, mestre no chiste, doutor no trocadilho e precioso na amizade que, normalmente se assina JGEsteves!

E mais não digo. Está feita a provocação!

Até terça-feira!

J.Albergaria

quinta-feira, novembro 24, 2005

Psitações-6

De autor desconhecido:

"Aos 20 anos fazemos planos para depois dos 40.Aos 60 fazemos planos para depois de almoço."


Dedicado,em especial,a um bom amigo, para lhe recordar que,tal como eu,só já deve preocupar-se com o que é de facto importante.
E,já agora,a jeito de Psitações-7,lembrar-lhe que,como dizia Wilde,a experiência é a capacidade que temos de reconhecer um erro quando o cometemos outra vez.


J

quarta-feira, novembro 23, 2005

Ele há dias assim: era Outono e o Sol raiava!

O titulo não bate com a prosa, mas apeteceu-me chamar a atenção dos meus proto-leitores.

Ontem, sem o querer, embaracei um amigo recente, mas já um grande amigo do peito, de qualidades helénicas, na boa tradição do "aristoi" e do "arete" dos heróis que percorrem a narratologia Homérica.

Hoje, percebi o melindre, mas entendi que a amizade é mesmo um bem absoluto que nada, nem ninguém, devem perturbar ou questionar.

A vida é feita destas coisas:d'acertos, uma vezes, d'erros - outras.

Mas o prazer de uma boa, direi mesmo grande, amizade compensa os pequenos percalços que podem ocorrer.

Como o praticava incessantemente, até às vésperas do seu passamento, a amesendação da amizade é um privilégio dos bons, honrados e de bons costumes, como somos quase todos os tertulianos, agora terçafeiristas.

Pois, ele há dias assim: era Outono e raiava o Sol.

J. Albergaria

Erro de Português

De Oswald de Andrade, poeta modernista. Ou a desconstrução da versão oficiosa da chegada dos portugueses ao Brasil


"Erro de Português"


Quando o português
chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio.
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha
Despido o português.


Alcino Pedrosa

segunda-feira, novembro 14, 2005

Psitações-4

DE MSG QUE ME CHEGOU:O problema essencial do país é,afinal de contas, agrícola - excesso de nabos e falta de tomates



JGEsteves

domingo, novembro 13, 2005

Uma questão de elegância / uma questão de elevação

Conheci-o há ano e meio. Na altura, vinha acompanhado do irmão mais velho, Jorge Nuno. Falámos cerca de meia hora. Conversa serena e, talvez, imprevisível. Para quem, como ele, se sagrara campeão europeu de clubes e se prestava para ser o jogador com mais títulos no mundo, por estranho que pareça, não falamos de futebol, mas sim, da Fundação VitorBaía. Este era o título que lhe faltava, reconheceu ele. Dissertava com elegância e elevação de quem sabe o que quer, contrastando com a arrogância tão habitual no mundo do futebol. Há dias, ao vê-lo apresentando o seu livro, recordei este encontro. E lamentei não poder ter correspondido ao convite que me endereçou para estar presente na cerimónia de lançamento.
Exemplo de elevação e de elegância, Vitor baía merece aqui esta nota elogiosa

P.S. Hoje voltei a ouvir as palavras de josé veiga (não me enganei, são minúsculas mesmo), à propósito dos supostos roubos de que tem sido vítima o Benfica. Trazem-me á colação um fime que vi - Arsène Lupin. Diz o protagonista: o verdadeiro ladrão é aquele que desvia a atenção dos seus actos para os outros.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Afinal a única "normalidade" é mesmo a da LOUCURA

Faz dias, viajei por um tema irónico: o da emergência da normalidade.
Afinal equivoquei-me!

Começo de novo.

O meu Benfica soma empates e derrota.
O Sr. Pinto da Costa voltou a falar.
Os árbitros de futebol continuam a favorecer Porto e Sporting e a penalizar o clube da Luz.

A pré-campanha eleitoral para a Presidência da República está de loucos.
Cavaco Silva, como de costume, ainda não disse nada de substantivo - e o que diz é de uma enorme "anormalidade" tendo em vista os poderes do Presidente da República.

O poeta do Século (traduza-se: Manuel Alegre) deu uma "boa" entrevista à jornalista Constança Cunha e Sá, da ainda portuguesa TVI, mas continuamos sem perceber porque razão MAIOR se candidatou: "é um direito constitucional que me assiste", diz o poeta de Águeda.

A discussão do OGE na Assembleia da República mostrou um Eng.º Sócrates competente, arrasador para as oposições, mas ainda assim muito crispado e um pedaço autoritário: "não havia necessidade..."

A "revolta" e a violência gratuita de jovens, quase todos, magrebinos de segunda geração dos subúrbios em França tem intoxicado, via jornais e TV's a opinião pública portuguesa. Ninguém produz informação digna desse nome e, menos ainda, análise séria e enquadradora do fenómeno.

Alguns canais recorreram até a um vereador de uma Câmara francesa, de origem portuguesa, para tentarem passar uma análise objectiva da situação. Fracasso completo.

Entretanto, na última revista Visão, o português que mais tem pensado Portugal, a França e a Europa nos últimos 60 anos, Eduardo Lourenço, publica uma notável análise à situação (leitura que eu aconselho vivamente), chamando os políticos responsáveis desta deriva violenta dos putos dos subúrbios franceses, pelos seus verdadeiros nomes.

O modelo social francês falhou! A visão multiculturalista francesa (que teve o seu apogeu na Selecção francesa de Futebol que ganhou o Campeonato do Mundo e, de seguida, o Campeonato da Europa e que integrava jogadores magrebinos, liberianos, da Europa Central, etc e, um ou outro, francês...) falhou rotundamente (não confundir com rotunda).

Esta crise (no sentido grego de superação, transformação)deve servir, não só aos franceses, a toda a Europa para repensar o seu modelo social e os processos de integração (eu gosto mais de dizer -inclusão) dos seus emigrantes: os da Europa de Leste não se podem abordar como os que vêm da África e, particularmente,os que professam a visão Islâmica do mundo!

O que de facto é perene e persistente é mesmo a "Normalidade da Loucura".

J.Albergaria