quinta-feira, dezembro 29, 2005

Fim

Quando eu morrer batam em latas,

Rompam aos saltos e aos pinotes,

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobatas!



Que o meu caixão vá sobre um burro

Ajaezado à andaluza...

A um morto nada se recusa,

E eu quero por força ir de burro!



Mário de Sá-Carneiro,

Com o patrocínio de António Moreira