sexta-feira, janeiro 13, 2006

Ainda Bocage (a propósito das presidenciais)

Sexta feira, dia 13, "Jornal da Noite". Um apoiante de Cavaco dizia "Abram os olhos", Outro, vociferava "Nai cheira nada bem"

Lembrei-me de Bocage

Epigrama Imitado

Levando um velho avarento
Uma pedrada no olho,
Põe-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.

Certo, doutor, não das dúzias,
Mas sim do médico perfeito,
Dez moedas lhe pedia
Para o livrar do defeito.

"Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro eu dou por isso."


Nariz, nariz, nariz


"Nariz, nariz, e nariz,
Nariz, nariz, e nariz,
Nariz, que nunca se acaba;
Nariz, que se ele desaba,
Fará o mundo infeliz;
Nariz, que Newton não quis
Descrever-lhe a diagonal;
Nariz de massa infernal,
Que, se o cálculo não erra,
Posto entre o Sol e a Terra,
Faria eclipse total!"

Alcino Pedrosa