Poemitas III
I
Entre olivais perfilada
Varada, luminárias diurnas
Irrequieta, vésperas nocturnas
No meu regaço enovelada
Deitámo-nos em cama natural
Vertiginoso falar
Mirámo-nos no azul solar
Como em sonho de postal
Descompu-la de baixo a riba
Colhi-a, flor d'azevinho
Piquei-me, sulco adivinho
Amaciei-a, sons d'escriba!
Andarilhámos
Sós nos insinuámos
A eternidade nos acolheu
E pronto s'enterneceu!
II
Falámos
Corpos enrolados
Molhados
Penámos
Corpos ardentes
Dança agreste
E preste
Sexos intrometentes
Yin e yan
Um é preto, outro flauta de pã
Um pleno, outro adverso
Humanos seres
Carregados de genes
Antes que criogenes!
J. Albergaria
1 Comments:
Andas, andas, ainda dás em poeta. Este está melhor do que os anteriores.
Não fazia mal uma pequena revisão, antes de publicação. É o que dá as pressas, como diria o alentejano.
Continua. Um abraço.
a. m.
Enviar um comentário
<< Home