quarta-feira, junho 29, 2005

Poemitas III

I

Entre olivais perfilada
Varada, luminárias diurnas
Irrequieta, vésperas nocturnas
No meu regaço enovelada


Deitámo-nos em cama natural
Vertiginoso falar
Mirámo-nos no azul solar
Como em sonho de postal


Descompu-la de baixo a riba
Colhi-a, flor d'azevinho
Piquei-me, sulco adivinho
Amaciei-a, sons d'escriba!


Andarilhámos
Sós nos insinuámos
A eternidade nos acolheu
E pronto s'enterneceu!


II

Falámos
Corpos enrolados
Molhados
Penámos


Corpos ardentes
Dança agreste
E preste
Sexos intrometentes


Yin e yan
Um é preto, outro flauta de pã
Um pleno, outro adverso


Humanos seres
Carregados de genes
Antes que criogenes!


J. Albergaria

1 Comments:

At 29 junho, 2005 20:26, Blogger Aqueduto Livre said...

Andas, andas, ainda dás em poeta. Este está melhor do que os anteriores.
Não fazia mal uma pequena revisão, antes de publicação. É o que dá as pressas, como diria o alentejano.
Continua. Um abraço.

a. m.

 

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