segunda-feira, dezembro 12, 2005

Quem será candidato à Presidência em 2046?

De facto, a argúcia do nosso cobloguista N.T. veio colocar na "ordem do dia" esta ingente, complexa e quão importantissima questão: quem será candidato às eleições Presidenciais no ano de 2046?!...

Será Alegre?...
Será Louçã?
Será Jerónimo?
Será Anibal Cavaco Silva?
Ou até, mesmo, Garcia Pereira?

Creio bem poder afirmar, com quase total certeza, que, Mário Soares - não o será.

Por não ter idade? ou por ter idade em demasia? Transcendentes questões - que só o tempo esclarecerá - em definitivo.

Mas se me ponho para aqui a discorrer sobre esta incontornável matéria (as eleições Presidenciais em 2046) que fazer destas, outras, eleições que se vão realizar em 2006 (40 anos antes daqueloutras, essas sim - essenciais para o rumo a seguir pela Pátria em demanda dum projecto nacional, patriótico e galvanizador das energias dos herdeiros dos nautas e dos serranos lusitanos!)?

Esta é pois a momentosa questão, a préclara situação que se nos coloca diante dum horizonte curto (porque as vistas também não são muito largas...) e que é necessário, quando não mesmo obrigatório, responder dum modo brancoroso - ao estilo prémio Nobel.

Aqui vai pois a minha opinião: não há saida para quem, como eu, já votei em quase toda a gente (toda?...salvo seja dalguma tentação expúria!).

Vou, pois, votar CONTRA - que é o único voto aceitavel em democracia. Como diziam nuestros hermanos anarco-sindicalistas: há governo- sou contra! Isto é um chiste - que me permite segurar a minha tese.

No dia 22 de Janeiro de 2006, porque não gosto (é o meu direito) de Anibal Cavaco Silva (não gosto do jeito, nem do trejeito, nem da história, nem da filosofia, nem do que ele não diz e esconde...); porque não entendi o alcance da candidatura do poeta de O Século; porque não se me escapará o voto para o stalinista travestido de simpatia (falo do "camarada" Jerónimo e, por cerimónia, peço-vos para não o confundirem com o bravo chefe indio), nem para o trotsquista travestido de esquerda caviar, chic (o "irmão" Louçã), não me resta outro modo de me manifestar: voto CONTRA!

E isto quer dizer simplesmente que, uma vez mais, votarei Mário Soares, com a presunção que estará em Belém melhor que qualquer dos candidatos em presença e, particularmente, que Anibal Cavaco Silva.

E mais não digo, que a prosa já vai longa e ainda me arrisco a ensarilhar as ideias com os sentimentos.

J. Albergaria