Poemitas V (a irresponsabilidade persiste...)
O sentir é coisa vã
Abraçaste-me d’amizade
Senti teu corpo fremente
Fiquei como demente
Sedento da tua bondade
O sentir é coisa vã
O qu’ importa primeiro
Tal flauta de pã
È o vibrar verdadeiro
Andava feito madraço
Nas vielas da vida
Em safra comedida
De corpos de papel almaço
Ao teu tacto,
Rosto incandescente,
Corpo ensandescente
E, de jacto, o mor impacto!
J. Albergaria
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