quarta-feira, agosto 10, 2005

Poemitas V (a irresponsabilidade persiste...)

O sentir é coisa vã

Abraçaste-me d’amizade
Senti teu corpo fremente
Fiquei como demente
Sedento da tua bondade

O sentir é coisa vã
O qu’ importa primeiro
Tal flauta de pã
È o vibrar verdadeiro

Andava feito madraço
Nas vielas da vida
Em safra comedida
De corpos de papel almaço

Ao teu tacto,

Rosto incandescente,
Corpo ensandescente
E, de jacto, o mor impacto!


J. Albergaria