quarta-feira, agosto 10, 2005

Poemitas IV (continuação da irresponsabilidade...)

“A morte é a curva da estrada. Morrer é só não ser visto”*

Tempo em que bastava ser
Na curva da estrada aos ais!
São mais, muitos mais
Aqueles que não alcançaram ver

Tempo outonal
Estonteante senectude
Inebriante quietude
Corpo feito pantanal

Ternura dos descendentes
Saudade d’amores competentes
Colheitas imperfeitas

Batalhas incontáveis
Desamores improváveis
Em quimeras rarefeitas.

J.Albergaria

*Fernando Pessoa