quarta-feira, dezembro 21, 2005

pedro castelhano

Finalmente descobri como ter acesso ao blog. A minha ignorância é profunda e as leituras não ajudam nada. O tempo é de contenção de palavras e já Quental dizia que o Outono é por natureza a estação mais poética. Como entramos no solstício (o sol estacionário nessa língua bárbara e, porque morta, sem proveito, que é o latim) de Inverno, o solstício repito, no seu auge às 18h e 35 m, acabou o tempo da poesia. No Inverno aconselho o Soren Kierkgaard, o dinamarquês dos sete caminhos e da grande inquietação que passou, como quem não quer a coisa, aos existencialistas. Não há nada como o Natal para nos penitenciarmos do vício do jogo, da comida e de outros prazeres mais privados, substituídos pelo vício do consumo. Benditas lojas chinesas onde, em tempos de vacas magras nos esquecemos da magreza das crianças de olhos em bico, exploradas até à cegueira. Como tudo isto pode cheirar a neo-realismo serôdio -- eu que sempre embirrei com o esquematismo neo-realista -- não falarei da Casa Pia. Um Natal inteiro e íntegro (entre popular e erudito, parecendo iguais são diferentes), para os que nos antecederam. para os ausentes existentes, para os presentes presentes e para os vindouros que acreditamos venham a existir, melhores do que nós, maios felizes se conseguirem ser mais justos, um Natal
cheio de prosperidades e propriedades ( espirituais e outras) a mereceram cultivo que a agricultura, mais do que a poesia, têm direito a subsídios comunitários. Um abraçop fraterno do pedro castelhano