quinta-feira, maio 26, 2005

Ementa

Por mares nunca dantes navegados
Com letras e espaços consagrados
Por caminhos, sabe-se lá, enviezados
Conhecemos muito daquilo que nos torna interessados.

À volta de um cozido que não apareceu, por semelhanças com o Ambrósio que por causa do calor não pode servir a senhora, deixei-me levar pelas dúvidas sobre qual o caminho a trilhar na procura da melhor solução para a razão que aquela hora me levou a tão conhecido porto.
De abrigo, pois claro, que o outro está por demais assoreado com a areia que durante anos fez crescer a teia.
E se a resposta pode ser procurada numa lista dactilografada (mais uma vez a azul), é raro aquela capa encarnada(pois claro) ser aberta numa tentativa séria da solução aí ser encontrada.
E porque renegamos a única coisa, que naquela mesa, é uma verdade absoluta?
Se nela está escrito do que podemos comer, porque procuramos sempre na palavra uma alternativa melhor?
Ou será que naquela mesa, mais do que a evolução constante das dimensões dos pratos, o que está em causa são as dimensões dos factos? Para não falar das dimensões dos fatos!
Resumindo este texto de iniciação blogosférica: naquela mesa não se podem servir ideias já feitas. Qualquer que seja a proposta ela tem de ser bem dourada. E mesmo assim corre o risco de ser presenteada com uma frase por demais utilizada: nem tudo o que brilha é ouro.
E agora vou procurar consolo num colo gitano que me adormeça ao som de um belo cozido.
NT